Vinny Winehouse

Vinny Winehouse

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Lunático

Mais uma daquelas noites que viajo pelo subterrâneo dos meus sonhos irreais. Buscando a imensidão de cada plano que piso, encosto e respiro. Nada daquilo existe ou resiste aos meus pensamentos errôneos. As nuances de cada movimento é reparada por detrás do meu silêncio.
Algo efêmero eu sei, mas não tão lunático quanto eu mesmo. Sou maluco! Ando descalço nas gramas não autorizadas do meu país das maravilhas. Conheço e desconheço pessoas que passam ao meu lado, porém nunca ao redor. Porque ao meu redor já há crueldade o suficiente.
Para toda a vida, os meus sonhos. Que mostram-me a cor branca, logo o preto. A raíz de toda a alegria de um colorido sem fim. E o fim, não é o bastante, porque existe a continuidade. E o renascimento é desconhecido, pelos raciocínios materiais que aqui nesta terra estão.
Quando eu vôo, no mesmo sonho, na quietude de giros constantes, entre a minha mente e a imaginação, posso ver além de todas as ilusões, que o suficiente nunca existiu. E se eu descubro fios da vida, sobre mundos inexistentes, é porque eu posso observar caladamente todos os passos, abraços, mesmo quando são vazios, sem traços.
O desenvolvimento de todas as minhas ações, garantem o sucesso da minha visão sobre uma sociedade mágica. Um mundo lindo que existe apenas para os meus olhos apaixonados por eu mesmo. A única coisa do mundo sou eu. Meus sonhos complementam a minha tese de palavras sem sequência e como citei, sem fim!
O que pode girar em torno de algo que não se sobressai? Quais são as palavras que uso para expressar-me? Se no dicionário não há nenhum tipo de vocabulário que expresse a minha maluquice. Porque sou um ser lunático que sente mas não fala. Que fala, mas se cala. Se eu me calo, então não falo. E falar não é expressar, posso falar caladamente. Falar comigo, sem amigo, supostamente um inimigo. A consciência. Que dilata as minhas ideias e desorganiza meus pensamentos, seguindo um fluxo de piscopáta sem limites, com razões.
E as razões, que não são claras, tornam-se tão fúteis, que é necessário buscar algo mais. E se algo mais nunca existir, eu vou sempre viver do nada entre tudo. E fazer deste nada o meu maior refúgio.
Não tenho medo da escuridão, mesmo quando escondo-me sem absoluta razão. Uma ópera é cantada em meus sonhos lunáticos, e acompanho cada acorde da canção. Deixando introduzir todos os sentidos das minhas preces, em algo perplexo em total processo do meu prelúdio.
E quando eu acordar, quero estar vivo. Para tudo o que falo, expressar-se em sons, em escritas, e seja vivo, por todos que passarem aqui. Afinal, o lunático vive das palavras desconhecidas, e de matérias inexistentes. Eu conheci a fantasia e ela deixou meus sonhos voarem tão distantes, que mesmo através dos instantes, mútuos, consiguirei sempre ir além dos meus próprios desejos.

Vinicius Henrique de Sousa

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