Vinny Winehouse

Vinny Winehouse

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O diferente!


Ás vezes esqueço-me que eu sou o diferente, e deixo a minha cólera contra a sociedade, submissa em um conforto desconcertante.
Passa-se segundos, e toda a vida, que sempre foi minha, joga-me contra a parede, e prestegia-me com duas bofetadas.
O diferente não dói, no entanto machuca. Não é dor demasiada do físico, mas sim, de um inconsciente. E conscientemente, não dando ênfase ao prefixo, eu atravesso avenidas de gargalhadas e ruas de maldição.
O baú que Pandora abriu, ataca-me com presunções sem refúgio. Não posso parar e de imediato olhar, tenho apenas que pensar.
A minha superioridade à um tempo atrás, estava em desavença com as minhas razões, porém, conscentrei as minhas maiores forças, até mesmo as que não existiam, e me equilibrei.
A sociedade fede e não expande empatia, a maioria não sabem o que os meus neurônios são capazes de fabricar, e o que os meus lábios podem proferir.
Medo já não existe mais. Guardo apenas compaixão para com aqueles que falam, pré-dizem e desatam em palavras desastrosas.
Enquanto eles vivem suas miúdas vidas conformadas, eu vivo no prelúdio e brilhante gradativo pensamento, que cresce todos os dias no meu EU.

"(...) Ela pensou, e por um instante achou que ia cair em lágrimas, mas cobriu sua face interior e sorriu, porque ela sabia que ser o diferente, podia ser a melhor coisa de sua vida".

(Vale das Borboletas - Vinicius de Sousa)

Um comentário:

Jojo disse...

Incrivelmente, este texto veio na hora em que eu mais precisava ouvir algo suficiente!
Vinicius, maravilhosa maneira de explicar um pouco o que nós, gays, passamos todos os dias na rua.
Parabéns.

Te admiro muito.
Beijos
Jojo top