Vinny Winehouse

Vinny Winehouse

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Meu vampiro foi real.

Minhas mãos suavam e minhas pernas tremiam, fazia de tudo para controlar, e eu, em frente aquela pedra fria e inútil no MASP, aguardava o tempo passar. Subitamente, não sei o porquê que fiquei aqueles longos minutos à espera do meu vampiro, mas algo dizia que uma energia cobria imensamente aquela tarde ensolarada e mágica.
Já não aguentava o meu coração bruscamente comendo todos os meus sentidos, olhava de ponta a ponta, e nada dele apararecer, foi quando, quase de surpresa, de verde, com um sorriso insubstituível ele apareceu. Medo!
Não olhou nos meus olhos de imediato, e eu, nem conseguia mover mais de cinco palavras, será que ele ouviu o alvoroço que estava acontecendo dentro de mim? Será que ele sentia as ruidosas batidas do meu coração? Incertezas.
Caminhamos com destino ao vento, atravessamos a ventania de carros e pessoas ambulantes, e seguimos até um lugar de um verde muito imenso, achamos um banco vazio e nos sentamos.
Pouco tempo, comecei à penetrar em seus olhos todos os meus sentimentos, e pensava apenas em dizer TUDO o que eu precisava dizer, mas lentamente!
Pessoas eloquentes passavam entre nós, um homem muito grande, escondido por suas tralhas de sustento, rastejava a vida pelo chão empoeirado daquela tarde de sol fortemente amarelo, e ao lado de nós, uma mulher pobre no olhar e rica em seus raciocínios, lia Dostoiévski e fumava sem parar.
Os meus olhos viajam contra o verde, o vazio! Mas com total confiança, de que eu teria que dizer tudo aquilo que eu queria, fazer com que aquele momento de despedida fosse o último para mim, e para o me vampiro, INESQUECÌVEL.
As horas corriam entre palavras pervertidas e inteligentes, ele mostrou que além de ser um mutante, ele consegue sentir e ver como um humano, ele adentrou aos meus mais belos sonhos e eu revivi vidas de séculos distantes.
Quando nossos olhares encontravam-se, imensamente, meu coração aos pulos parecia irreal, queria saltar de um corpo, para materializar este mundo aqui fora, cheio de razões, e é claro, emoções.
Os minutos passavam com uma lentidão inacreditável, e as histórias corriam como um rio sem fim, foi quando peguei suas mãos e pude sentir a energia que transcorria todos os meus dedos, passando pelas as minhas veias e expandindo-se sob o meu sangue inteiro, me senti quente, vibrante, e de súbito soltei-as co medo, INCERTEZAS!
Quando o forte sol deu espaço para a lua, nos levantamos e fomos para um outro lugar, em busca de algo que poderiamos conversar, experimentar a energia que nos cobria naquele momento, e achamos. Sentamos ao lado de uma fonte de água clara poluída, e lá, confesso que ouvi as histórias mais engraçadas de toda a minha vida, descobri que o meu vampiro foi um bagunceiro de mão cheia, e que agora revivia com interpretações e gargalhadas os fatos.
Olhei a água clara ao meu lado, e percebi que os meus olhos brilhavam, encherguei a lua tão brilhante e crescente, crescente? Na verdade, não tenho certeza.
Como já tinha escurecido, a noite vinha com todos os seus elementos traiçoeiros, e um vento forte meu pegou pelas costas, e fez eu enxergar um outro além, por mais que ele fugisse dos meus fatos, eu rebuscava cada palavra nas palavras dele. Eu sabia que nossas mentes estavam voando, brincando. Eu sabia, que existia pensamentos além do que estávamos falando.
Havia uma energia em espiral, que não parava nenhum segundo, rodeava a mente dele assim como a minha, transmutando o meu mundo em um futuro, próximo? Buscando sempre um talvez.
Estava certo de que precisava pedir para ele ajudar-me à esquecer todo este acontecimento, mas não tive forças e nem vocabulário para expressar naquele momento, mas segurei minhas emoções e coloquei minhas aptidões para agir rapidamente, quando nos levantamos pela segunda vez.
Fomos em uma rua vazia, solitária, a energia não ajudava muito, todavia, foi o lugar em que mantive o meu íntimo contato com o meu imortal. Na descida ególatra de um sentido demasiado, peguei meus sentimentos e joguei sobre os lábios dele, consegui sentir seus receios, ou talvez, seus incalculáveis medos. Disperso.
Obviamente, fiquei muito sem graça depois disso, e minhas palavras encerraram-se por alguns minutos, não consegui dizer nada, e até mesmo olhar profundamente em seus olhos.
Mas, consequentemente olhei nos olhos dele profundamente, mas ele reclama que eu o olho produndamente.
Desculpe-me, eu o ensinei quem eu sou, e ele foi me tirando os espaços entre os abraços, guarda-me apeas uma fresta. Eu que sempre fui livre não importava o que os outros dissessem. Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade de me inventar de novo. Se te olho nos olhos, rente a pela, a ponto de ver seus ancestrais nos seus traços, a ponto de ver sua estrada muito antes dos seus passos, eu não vou separar a minha vitória dos meus fracassos, eu não vou renunciar à mim, nenhuma parte, nenhum pedaço, do meu ser vibrante, errante, sujo!
Eu só sei que eu quero estar vivo e permanecer olhando o meu vampiro profundamente.
Guardei todas essas lógicas para um interior, que nem sei ao certo se eu perdi, mas quando nos levantamos para partirmos, eu ainda senti suas mãos, e pude controlar as minhas, trêmulas.
O fabuloso destino perseguia a vastidão que existia ainda dentro de mim, eu precisava dizer, falar, gritar, qualquer coisa que aliviasse o que eu estava sentindo.
Mas ainda saciamos um cigarro, quando meu ônibus aproximou-se, lancei um último olhar para ele, e assim segui o meu caminho transmutável e novo.
Quando entrei no ônibus, pude sentir um cheiro de novo caminho, mas procurei não pensar, de lá para cá, minha mente viajava interruptadamente, sem ao menos olhar, para dentro de mim, para dentro das minhas emoções ou até mesmo, para dentro do que respondia tudo isso.
Eu fui em busca das minhas respostas, e alcanecei o sucesso de ser livre, mas essa liberdade causava-me uma útopia malígna, mas a certeza que irei começar do 0 novamente, aliviou minha alma e meus pensamentos.
Chegando em casa, encostei minha mente, já cansada de tanto falar e pensar, sobre o travesseiro, e a voz do meu vampiro me fez sonhar, eu não sei ao certo o que eu pensava, ou até mesmo falava, mas os meus sentidos já tinham estabelecido conexão em um estado de superação.
Dormi tranquilamente, e quando encostei meus novos pés sobre o chão, tive a certeza, que a despedida do meu vampiro era envolvido de uma paixão, energia lúcida, conseguiamos enxergar. O que ele viveu? O que ele passou? Ao certo não sei dizer, mas quando corri entre os meus sonhos neutros, eu pude entender que nossos momentos foram todos filosofias.
Meu vampiro ajudou-me de certa forma, e futuramente, agora que me despedi de tudo o que me prendia ao um mundo que nunca mais quero voltar, eu quero vê-lo mudar, evoluir, chorar, sorrir, gritar e até mesmo ... amar! Pessoas, meu vampiro é frio, pois o mundo o fez assim, suas mãos são quentes, porém o corpo todo congelado.
Em outras vidas nos encontramos e eu não pude evitar, e nessa vida nos encontramos para mais uma vez nos apaixonar, mas esse "karma" encerra agora, onde tenho a total certeza, de que meu vampiro vai superar todas as suas noites escuras, vai lembrar de todas as fábulas que eu lhe contei, e vai lembrar dos meus sentimentos que até mesmo passei. Nublado. Eu fico calado, no meu silêncio, vivendo a vida que eu sempre quis, sem obstáculos, sem pessoas fracas, sem amigos que são inimigos, e sem ... o meu vampiro inesquecível!
Quem somos nós para mudarmos um destino? Seres mutantes humanos capazes de evoluir sob instantes? Nossa história foi escrita assim, e se não conseguimos mudar o começo, nós conseguiremos mudar o fim!

"Vamos virar nossas vidas, limpas e humanas, para quando alcançarmos nossa imortalidade, seguimos em direção aos nossos maiores sonhos"
(Vinicius Henrique)


6 comentários:

Fluo disse...

Viiiiih, parabéns cara.
Que mente maravilhosa para escrever tão facilmente. Eu AMEI seu texto, continue nesse caminho.

Abraços.

Professora Vera disse...

Os seus textos trazem um significado muito importante no contemporâneo que vivemos, eu admiro muito seus textos e como você expressa suas emoções.
Vinicius, parabéns!
Você tem um futuro explêndido pela frente, você é um excelente escritor.
Boas escritas.
Beijos, professora Vera Lucia.

Claudinha Wicca disse...

Irmão Vinny, parabéeeeens menino, finalmente conseguiu se despedir do seu vampirinho que mexia com a sua imaginaçãozinha.
Sabe que agora, o que precisar, estaremos aqui para acompanhemento e magias com bençãos dos Deuses.
Te adoro lindo.

Beijos e luzes

Claudiney Prieto disse...

Irmão,
Parabéns pela atitude, e por ter eliminado um "karma" nesta atual vida, estamos contente com sua força e sua inteligência que vez expandido com a ajuda dos sábios do céu.
Continue nesse caminho, que você será uma grande pessoa.

Namastê

Anônimo disse...

que gay kkkkkkkkk adorei amor
beijão fêh
vinny lindo

Anônimo disse...

Bom estou aqui para defender alguns vampiros desse nosso mundinho !
Todos Tem seus erros e acertos
Mas garanto que seu vampiro nunca te induziu para algo que até ele mesmo queria !Adorei o texto continue assim !


Ass Seu vampiro !